Grupo Xama é selecionado no Edital Arte como Respiro do Itaú Cultural.

Xama Teatro (MA) foi selecionado no Edital Emergencial Itaú Respiro Artes Cênicas. 7239 inscritos! 200 selecionados! Menos de 3%. Fomos o único grupo do Maranhão selecionado no edital. A demanda é grande! Os artistas do Brasil precisam de mais editais e políticas emergenciais para sua sobrevivência  nesta pandemia do coronavírus! A cultura pede ações de emergência dos estados, municípios, empresas privadas e outras...



O espetáculo A Carroça é Nossa teve origem como criação coletiva, em 2005. O texto atual, escrito em 2012, após oito anos de experimentação com roteiros improvisados, foi organizado a partir das etapas de apresentação das toadas do bumba meu boi, no Maranhão. Nessa obra teatral, quatro personagens, Pedoca (Lauande Aires), Cecé (Renata Figueiredo), Toinha (Gisele Vasconcelos) e Joaninha (Cris Campos), partem em uma jornada em busca do animal para puxar uma carroça “mágica” até os seus sonhos. Durante a busca, percebem que seus que precisam desvendar um enigma, no rastro das suas andanças, chegam à resposta: “Pertencemos um ao outro, tal como nos pertencemos” Essa é a chave do enigma que tal como o sonho e a cena direcionou os atores-contadores do grupo Xama Teatro para o encontro das ações de experiência com as comunidades rurais e quilombolas, no Maranhão, em projetos que estabeleciam rotas de acesso à produção cultural. Numa dessas rotas pelo interior do Maranhão, nosso trabalho foi divulgado como “teatro ao vivo”. Achamos engraçado e compreendemos que a referência que aquela comunidade tinha de teatro, era a televisão. Agora, em meio à pandemia, percebemos que nunca fez tanto sentido o TEATRO AO VIVO. Nosso desejo com o teatro de rua se transformou em risco de vida. Nessa distopia, buscamos resistir, ocupar espaços virtuais até que tudo isso amenize e possamos voltar a fazer arte na rua e de rua. Propomos no projeto para o Edital Arte como Suspiro mostrar nosso espetáculo, filmado há sete anos, na comunidade do Renascer, zona rural de São Luís. Em volta de nós os moradores que trabalham na terra, lutando pelo espaço frequentemente ameaçado de expropriação. Lá, nós dialogamos com arte, simplicidade e amor e escutamos suas narrativas, unindo o ver, o ouvir e o sentir. Aqui queremos, além de mostrar essa filmagem de 2013, contar nossa experiência, os caminhos que unem a arte de narrar ao político teatro do desejo. Gravaremos um vídeo, onde, cada integrante, de sua casa, vai compartilhar o seu olhar.

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